WEBQUEST: METODOLOGIA DE PROJETO NA WWW
1. Descrição
Há cerca de um pouco mais de uma década a rede mundial de computadores (www) ou simplesmente a INTERNET invadiu o mundo inteiro, rompendo barreiras e fronteiras, oportunizando a cada internauta a chance de se comunicar, numa fração de segundos com qualquer parte do planeta, bastando apenas ter um computador conectado a uma linha telefônica[1].
Buscando incorporar este poderoso veículo de informação e de formação, o educador Bernie Dodje cria em 1995, na San Diego State University – SDSU um projeto de pesquisa para seus alunos utilizando a rede. A este projeto denominou de WEBQUEST. Percebendo a potencialidade da metodologia de projetos aliada a rede, Dodje aprofundou e divulgou suas experiências e hoje já podemos encontrar mais de 10 mil webquest na rede – em todo o mundo.
O webquest é uma atividade investigativa, em que alguma ou toda a informação com a qual os alunos interagem procedem da Internet e seu objetivo é “desconcertar” a sala de aula (num bom modelo construtivista) fazendo com que os alunos, juntamente com o professor, possam caminhar investigando sobre um tema gerado a partir dos anseios dos próprios alunos ou da realidade de conteúdos a ser trabalhada em sala de aula.
No Brasil encontramos várias entidades educacionais que trabalham ou orientam atividades com informática por meio do webquest, tais como a PUC-SP, CESMAC (FEJAL), UFAL, SENAC-SP, Colégio Marista de Maceió, dois colégios da Rede Damas de Ensino (Maceió e Maringá), Colégio Santa Úrsula (Maceió), entre outros. Em todos eles podemos encontrar webquests que variam de modelo (ou tamanho), podendo alcançar uma semana ou alguns meses. O SENAC de São Paulo inclusive oferece um curso para os educadores que desejam trabalhar com esta metodologia. O curso é denominado: Curso Projetos Educacionais Utilizando WebQuest.
Analisando as propostas brasileiras podemos perceber que os webquest’s podem ser trabalhados com as diversas áreas, como filosofia, sociologia, física, didática, metodologia da pesquisa, ensino religioso. Em cada webquest encontramos tudo, ou quase tudo, que o aluno precisa para realizar sua atividade de pesquisa.
Normalmente o webquest parte de um tema gerador ou de uma questão problematizadora. Um webquest, na rede, é uma página construída com alguns links que oferecem aos alunos todo o processo, as tarefas, os recursos, como os alunos serão avaliados, as orientações gerais e específicas como também os resultados obtidos podem ser postados no final das atividades.
2. Análise
Uma das limitações que podemos perceber na utilização do webquest é quanto a criação da página, já que muitos educadores mal sabem utilizar planilhas de textos. O webquest pode ser criado num destes modelos de páginas prontas que encontramos na internet, mas muitas vezes a plataforma das escolas exigem que os webquest’s sejam no formato da escola.
Outra limitação está no fato de que, para execução do webquest, o professor precisar encontrar o laboratório de informática disponível. Muitas vezes gerenciar estas idas para o laboratório pode ser impedida se a supervisão da escola não “comprar” a idéia ou não entender a metodologia.
Mas as potencialidades são infinitas, necessitando apenas que os educadores possam como diz Perrenoud, apropriar-se das tecnologias e dominarem a sua utilização. E quando falamos de educadores precisamos incluir todos os que estão envolvidos no processo, como direção, supervisão, coordenação, coordenadores de área, instrutores de informática e desenvolvedores de plataformas tecnológicas.
Dentre outras possibilidades da tecnologia na sala de aula, o webquest pode ser percebido como uma ferramenta de auxílio ao professor, de mudança e inovação das tecnologias aplicadas a educação.
Referências Bibliográficas
http://www.aparecida.pro.br/apresentandowebquest.htm - disponível e acesso em 23 de setembro de 2006.
http://www.universia.com.br/html/noticia/noticia_dentrodocampus_bbefi.html - disponível e acesso em 23 de setembro de 2006.
http://webquest.futuro.usp.br/artigos/textos_bernie.html - disponível e acesso em 23 de setembro de 2006.
[1] Hoje, além das redes discadas pode-se encontrar oportunidade de conexão via ondas de rádio, cabo (banda larga) e até mesmo pela linha de um telefone móvel.
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