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terça-feira, 31 de março de 2009

Computadores vão substituir professores?

Não sei se esta seria a questão... talvez poderíamos questionar se os computadores estão substituindo os professores.

Desde que os computadores foram sendo inseridos no contexto educacional que muitos professores levantaram esta problemática, com várias posições, hipóteses e teses. Mas as posições sempre giram em torno de 3 pontos básicos: 1) repúdio total a idéia; 2) aceitação cautelosa e 3) defesa e indicação de que a IA (inteligência artificial) vai superar os modelos educacionais vigentes.

O caso me parece ser um pouco mais complicado do que as aparências ou o senso comum podem indicar. Se defendemos a 1ª postura iremos de encontro a todo o avanço sócio-cultural (e tecnológico). Não estamos na Idade Média. Quer queiramos ou não, estamos na era da mobilidade. E para que possamos aprofundar a discussão sobre esta postura convido-os a assistirem ao filme ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA, que nos oferece um outro olhar sobre a condição da existência humana.

O oposto a esta 1ª posição é a 3ª posição, ou seja, a idéia de que a IA supera os modelos vigentes, no qual o professor “está no comando” da aula. Esta posição também merece suas considerações e algumas reflexões, inclusive quando se observam as desigualdades de oportunidade em nosso país. Ainda são poucos os pontos do território nacional aonde a tecnologia é uma realidade para todos, mesmo com a disseminação de lan house nos mais diferentes ambientes culturais.

Interessante que estes pensamentos vieram eclodir a partir de dois momentos distintamente separados no tempo-espaço. Um foi numa aula da disciplina Pesquisa em Educação Online, quando discutíamos sobre os rumos da pesquisa na realidade da EAD, mais precisamente n Educação Online. O outro momento foi em trânsito de uma escola para outra (coisa de professor), quando escutava o programa radiofônico A VOZ DO BRASIL. Essa é uma das maneiras que tenho de me manter atualizado sobre as questões políticas do nosso Brasil. No programa em questão foi veiculado que o Governo Federal vai implantar mais 27 mil laboratórios de informática em escolas públicas da zona urbana e rural, com 36 meses de assistência técnica e manutenção. E foi exatamente isso que me preocupou!

Recordei—me dos números, das estatísticas, quando o assunto é a formação dos professores para o uso da mídias e das tecnologias. Vejamos: mais de 50% dos professores da rede pública que ingressaram no Programa de Formação Continuada Mídias na Educação não completaram a 1ª fase. Simplesmente evadiram... E gostaria de indicar a quem desejar: uma pesquisa sobre as questões desta evasão é de suma importância.

Eu, particularmente, ainda tenho acreditado naquilo que Aristóteles nos alertou: a virtude está no meio! Ainda defendo que precisamos de uma postura diferente diante das mídias e tecnologias, e porque não dizer diante da educação.

O que seria educar?
O que significa usar as diferentes tecnologias e mídias no processo educativo?
Em que contextos a IA vai (por ser uma necessidade) assumir a função do professor?
São questões que nos intrigam, mas que precisamos refletir e discutir sobre elas, se desejamos acompanhar o mundo que não para de girar.

sábado, 31 de janeiro de 2009

Curso Mídias na Educação Superior

....Ontem, durante todo o dia, tivemos as apresentações das propostas dos docentes da UFAL para o uso de diferentes mídias no seu contexto de sala de aula.
....Estive participando no período da tarde, que teve 14 boas apresentações, com destaques relevantes para os que são da área de estudo das tecnologias aplicadas ao contexto educacional.

....Tivemos muitas propostas, inclusive a criação de blogs dos professores (como o da Professora Ana Carolina Coutinho - de Arapiraca), mapas conceituais, vídeos, banco de dados na Internet, gravação de áudio com o software audacity e muita diversificação para o uso da mídia impressa.

....Alguns superaram as nossas expectativas, outros superaram as próprias expectativas, e todos chegam a conclusão que devemos nos aprofundar na discussão e fundamentação teórica do uso de cada mídia para que possamos usá-las de forma a promover uma educação de qualidade.
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....Aqui apresento um printscrin do blog da professora Ana, que já utiliza o foruns-free em suas aulas, e que criou seu blog na última quarta-feira inspirada no curso.
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....Apresento também um pequeno gráfico com alguns indicadores das mídias que os professores apontaram nestas 14 apresentações como possíveis de serem utilizadas. Como não pude estar, não registrei os dados das apresentações do turno matutino.

.... Parabéns a todos. As apresentações foram interessantes e nos estimularam a continuar pesquisando.

sábado, 26 de julho de 2008

Professores de sucesso

Texto do Prof. Moran, disponibilizado em seu blog: Educação inovadora - Moran: Professores de sucesso

Professores de sucesso

Por que, nas mesmas escolas, nas mesmas condições, com a mesma formação e os mesmos salários, uns professores são bem aceitos, conseguem atrair os alunos e realizar um bom trabalho profissional e outros, não?
Não há uma única forma ou modelo. Depende muito da personalidade, competência, facilidade de aproximar e gerenciar pessoas e situações. Uma das questões que determina o sucesso profissional maior ou menor do educador é a capacidade de relacionar-se, de comunicar-se, de motivar o aluno de forma constante e competente. Alguns professores conseguem uma mobilização afetiva dos alunos pelo seu magnetismo, simpatia, capacidade de sinergia, de estabelecer um “rapport”, uma sintonia interpessoal grande. É uma qualidade que pode ser desenvolvida, mas alguns a possuem em grau superlativo, a exercem intuitivamente, o que facilita o trabalho pedagógico.
Uma das formas de estabelecer vínculos é mostrar genuíno interesse pelos alunos. Os professores de sucesso não se preparam para o fracasso, mas para o sucesso nos seus cursos. Preparam-se para desenvolver um bom relacionamento com os alunos e para isso os aceitam afetivamente antes de os conhecerem, se predispõem a gostar deles antes de começar um novo curso. Essa atitude positiva é captada consciente e inconscientemente pelos alunos que reagem da mesma forma, dando-lhes crédito, confiança, expectativas otimistas. O contrário também acontece: professores que se preparam para a aula prevendo conflitos, que estão cansados da rotina, passam consciente e inconscientemente esse mal-estar que é correspondido com a desconfiança dos alunos, com o distanciamento, com barreiras nas expectativas.
É muito tênue o que fazemos em aula para facilitar a aceitação ou provocar a rejeição. É um conjunto de intenções, gestos, palavras, ações que são traduzidos pelos alunos como positivos ou negativos, que facilitam a interação, o desejo de participar de um processo grupal de aprendizagem, de uma aventura pedagógica (desejo de aprender) ou, pelo contrário, levantam barreiras, desconfianças, que desmobilizam.
O sucesso pedagógico depende também da capacidade de expressar competência intelectual, de mostrar que conhecemos de forma pessoal determinadas áreas do saber, que as relacionamos com os interesses dos alunos, que podemos aproximar a teoria da prática e a vivência da reflexão teórica.A coerência entre o que o professor fala e o que faz, na vida é um fator importante para o sucesso pedagógico. Se um professor une a competência intelectual, a emocional e a ética causa um profundo impacto nos alunos. Estes estão muito atentos à pessoa do professor, não somente ao que fala. A pessoa fala mais que as palavras. A junção da fala competente com a pessoa coerente é poderosa didaticamente.
As técnicas de comunicação também são importantes para o sucesso do professor. Um professor que fala bem, que conta histórias interessantes, que tem feeling para sentir o estado de ânimo da classe, que se adapta às circunstâncias, que sabe jogar com as metáforas, o humor, que usa as tecnologias adequadamente, sem dúvida consegue bons resultados com os alunos. Os alunos gostam de um professor que os surpreenda, que traga novidades, que varie suas técnicas e métodos de organizar o processo de ensino-aprendizagem.