Creio que está no momento de pensarmos um pouco sobre a interação da pedagogia (e suas teorias) nesta era informática que vivenciamos, principalmente se estas teorias ainda correspondem as peculiaridades de um educação que avança no uso das tecnologias e mídias, como também nos espaços da Educação Online. Hoje li um material no blog do Prof. João Mattar (que transcrevo aqui) para que possamos começar a discutir. Boa leitura. Boa reflexão. Boa discussão!
Uma seleção de links e artigos sobre a interessante teoria do conectivismo (ou conhecimento distribuído) tem sido desenvolvida por George Siemens e Stephen Donnes, dentre outros autores.
Critica o behaviorismo, o cognitivismo e o construtivismo, que não dariam conta da aprendizagem que ocorre fora das pessoas, como p.ex. a aprendizagem que é armazenada e manipulada pela tecnologia, e dentro das organizações. Siemens propõe que o conectivismo é mais adequado como teoria de aprendizagem para a era digital: “No ambiente de hoje, a ação é em geral necessária sem aprendizagem pessoal – ou seja, precisamos agir extraindo informação de fora de nosso conhecimento primário.” Algumas questões são então propostas, levando em consideração o impacto da tecnologias nas teorias de aprendizagem, quando o conhecimento não é mais adquirido de uma maneira linear, a tecnologia desempenha muitas das operações cognitivas antes desempenhadas por aprendizes (armazenamento e recuperação de informações), o desempenho é necessário na ausência de compreensão completa etc. De acordo com Siements, “incluir a tecnologia e realização de conexões como atividades de aprendizagem começa a mover as teorias da aprendizagem para a era digital. Não conseguimos mais experimentar pessoalmente e adquirir o conhecimento que precisamos para agir. Derivamos nossa competência da formação de conexões.” Há uma citação interessante de
Karen Stephenson: “A experiência por muito tempo foi considerada o melhor professor do conhecimento. Como eu não posso mais experimentar tudo, as experiências de outras pessoas, e portanto outras pessoas, tornam-se o substituto do conhecimento. ‘Armazeno meu conhecimento nos meus amigos’ é um axioma para reunir conhecimento reunindo pessoas.” A teoria do caos é também explorada. O aprendizado é um processo que ocorre em ambientes nebulosos de elementos essenciais inconstantes – não inteiramente sob controle do indivíduo. A aprendizagem (definida como conhecimento acionável) pode residir fora de nós (dentro de uma organização ou um banco de dados), e as conexões que nos permitem aprender mais e mais são mais importantes do que nosso estado atual de conhecimento. O aprendizado, para o conectivismo, não é mais uma atividade interna, individualista. A utilização de novas ferramentas altera a maneira como as pessoas trabalham e funciona, mas o campo da educação tem sido lento em reconhecer tanto o impacto de novas ferramentas de aprendizagem quanto as mudanças ambientais no que significa aprender. “Nossa habilidade de aprender o precisamos para amanhã é mais importante do que o que sabemos hoje.”
Artigo muito interessante que analisa a teoria do conectivismo e suas implicações para a educação, comparando-a com teorias de aprendizagem como o construtivismo social de Vygotsky, o construcionismo de Papert e a cognição ativa encorpada de Andy Clark. A conclusão reconhece a importância do conectivismo, apesar de não reconhecê-la como uma teoria de aprendizagem. Vale a pena dar uma olhada na bibliografia.
Cf. tb.:
Siemens, G. (2005, August 10). Connectivism: Learning as network creation.
Donnes, S. (2007). An Introduction to Connective Knowledge.
Downes, S. (2006, October 16). Learning networks and connective knowledge. Instructional Technology Forum: Paper 92.
Kerr, B. (2007). A Challenge to Connectivism. Transcript of Keynote Speech, Online Connectivism Conference. University of Manitboa.
Siemens, G. (2008). Learning and knowing in networks: Changing roles for educators and designers. Paper 105: University of Georgia IT Forum.
What Connectivism Is?
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