quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Problemas da EAD: faz tempo que discutimos isso

Em contraposição ao post anterior sobre a expansão da educação, hoje venho trazer ao leitor deste blog sobre Educação a Distância, especificamente na busca de delinear a Educação Online, uma reportagem sobre alguns dos problemas reais que enfrentamos no Brasil.
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Estes problemas já são discutidos faz algum tempo, mas parece que o governo federal gosta de sustentar (a todo o custo) a imagem de sucesso e avanço da EAD e para isso faz questão de mostrar números e números. Mas como disse o Secretário Carlos Bielschowsky no evento da UAB no final do mês passado, "a expansão da EAD tem um limite. Este limite é a qualidade".
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Trago o que li na íntegra, com os créditos para o site da UFAL, comentando uma auditoria do Tribunal de Contas da União. Não traz muita novidade, mas nos faz querer continuar discutindo, estudando e lutando por uma educação (inclusive online) de VERDADE. Vejamos...

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Tribunal vê falhas em Ensino a Distância
Auditoria encontrou problemas na conexão de internet, principal ferramenta utilizada pelos 110 mil alunos dos cursos (Fonte: Andifes)

Na região Norte, estudantes demoram duas horas para enviar trabalhos; governo admite problemas e afirma trabalhar para corrigir erros

O projeto de ensino a distância do governo federal para formar professores tem falhas que causam "risco de sustentabilidade", aponta auditoria aprovada no mês passado pelo Tribunal de Contas da União.

A auditoria constatou, por exemplo, problemas na conexão de internet nos cursos, principal ferramenta utilizada pelos estudantes. A crítica foi feita por 42% dos tutores, espécie de docentes que acompanham os futuros professores.

O governo admite a existência de problemas, mas diz que são esperados em um programa de grande dimensão e relativamente recente (iniciado em 2005). Afirma também que está corrigindo as falhas (leia mais nesta página).

A Universidade Aberta do Brasil, como é chamado o programa de formação, é a principal aposta da gestão Lula para reduzir o número de professores sem a formação adequada que atuam na educação básica. Hoje, são 110 mil alunos matriculados no projeto.

A União estima que 300 mil docentes do país não têm ensino superior ou lecionam em área diferente de sua formação original. A melhora do magistério é apontada pelo próprio governo como o fator mais importante para aumentar a aprendizagem dos estudantes.

Um dos maiores problemas encontrados pelo tribunal foi a condição dos polos presenciais, locais onde os alunos participam de aulas obrigatórias e podem usar os computadores para atividades a distância, como trabalhos e videoconferências.

Como o projeto atende principalmente cidades com população de baixa renda, a maior parte dos alunos depende da estrutura do polo para estudar.

Conexão
Na apuração feita em Pacaraima (RR) e Moju (PA), constatou-se que os alunos demoram até duas horas para conseguir enviar um trabalho. Quando a conexão cai, o aluno perde toda a atividade.

Além da instabilidade na conexão, a fiscalização constatou também que diversos polos não possuem biblioteca ou laboratórios de áreas específicas.

Os problemas do projeto existem devido a uma falha de gestão do governo, afirma Mozart Neves, membro do Conselho Nacional de Educação.

Neves critica o fato de o governo federal ter delegado aos municípios a manutenção dos polos, a União gerencia o projeto e fornece a internet; as universidades são encarregadas do projeto pedagógico. "O programa é bem desenhado. A falha é o MEC ter deixado a estrutura com os municípios. Muitos prefeitos inauguram a obra e depois deixam de lado", diz.

A mesma auditoria do tribunal encontrou problemas no Pró-Letramento, programa federal que visa aperfeiçoar os professores de português e matemática, da 1ª à 4ª série.

Muitos dos tutores dos professores são escolhidos por meio de indicação política, apontam relatórios da Unicamp, UFMG (federal de Minas) e Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos).

Além disso, 52% dos municípios que aderiram ao projeto não estão na relação de piores nas avaliações federais de qualidade, perfil que deveria ser prioritário, afirma o tribunal.

Ministério da Educação diz trabalhar para resolver erros
O Ministério da Educação afirma que já tomou medidas para sanar problemas da Universidade Aberta do Brasil.

Em relação à conexão à internet, a pasta diz que conversa com as operadoras Telefônica e Oi para que o serviço fique satisfatório imediatamente.

O prazo inicialmente estipulado para a melhoria é o final do ano que vem, mas o governo pretende encurtar o período para a Universidade Aberta do Brasil -o projeto engloba também conexão nas escolas públicas de educação básica.

"É uma operação grande, precisa implementar torres, fazer cabeamentos", afirma o secretário de Educação a Distância do governo federal, Carlos Eduardo Bielschowsky.

Sobre os problemas de estrutura física dos polos, o ministério afirma que, "a priori, essa é uma responsabilidade de municípios e Estados".

Diz, porém, que tem dado apoio aos municípios com mais dificuldades. Exemplos: reforma de 110 polos em municípios com notas baixas; envio de 171 laboratórios de física, química e biologia; e envio de 600 mil livros às unidades presenciais.

"Os problemas estão sendo corrigidos. O modelo do programa, com a participação de prefeitos e governadores, é muito bom, já funciona na Espanha e no Rio [iniciativa estadual]. O envolvimento de todos dá sustentação política ao projeto", afirma o secretário de Educação a Distância.

A pasta afirma que 200 especialistas contratados percorreram todos os polos. A avaliação deles é que 384 das unidades estão satisfatórias, 111 regulares e 55 necessitam de melhorias urgentes.

Sobre a possibilidade de indicações políticas de tutores, o MEC afirma que a escolha precisa ser "técnica". A pasta diz que investigará as denúncias e, caso seja confirmado o problema, o órgão responsável pela contratação será penalizado.

Em relação à crítica da distribuição de municípios participantes do Pró-Letramento, o governo afirma que a decisão de aderir ao projeto cabe aos prefeitos. Ressalta que 82% dos municípios prioritários, segundo os critérios internos do MEC, estão contemplados.

A Undime (entidade que representa os secretários municipais de Educação) afirma que, por conta da crise econômica, as prefeituras estão com dificuldades orçamentárias neste ano, o que dificulta a manutenção dos polos. Segundo o presidente Carlos Eduardo Sanches, a previsão é que haja melhorias no ano que vem.

Um comentário:

Anônimo disse...

Alo!
Meu Nome e Norbert Steininger, fiz graduaçao pela UNINTER Curitiba/PR sistema EAD em Maringa/PR e fui instigado pelo Polo para fazer a POS antes do termino da graduaçao. Aceitei isso, para poupar tempo, eles me explicaram que 2 modulos antes do termino posso começar legalmente a POS. Matriculei em 1/2009 e fui aceito para o curso MBA em Planejamento de 15 meses duraçao. Estudei os dois cursos no mesmo tempo e terminei a graduaçao em 09/2009. Em outobro 2009 recebi uma carta da secretaria academica da UNINTER que minha matricula em 1/2009 nao preencheu os requisitos necessarios e nao vou levar o MBA, so um certificado extensao, que nao vale nada.
Puxa. Sou aluno deles, no formulario da matricula era a pergunta "termino da graduaçao" que preenchi certo com "09/2009" ,apesar que sou aluno deles e a ficha minha esta la, so lendo essa informaçao na matricula em 5 minutos voce determina se estou legal ou nao. Eles levaram 10 meses pra mim informar que tinha ILEGALIDADE na matricula. Absurdo! Paguei sempre certo, estudei, era aluno exemplar, nunca faltei, passei sempre na primeira sem repetir e agora NINGUEM quer mais falar comigo. A secretaria academica se mostra totalmente inflexivel, todopoderoso, falando que todo estudo nao vale nada, nem serve pra pedir dispensa se queria rematricular e pedir dispensa. QUe que isso! Estudei mesma materia dos outros, fiz mesmas provas dos outros, e por ERRO DELES vou ficar SEM NADA! Matriculei e todo mundo me informou que esta tudo legal. Agora nao mais! Agora falam que precisava 80 %. Se alguem me informasse na epoca sobre 80%, eu sei calcular! Eu ia esperar mais 1 mes. Absurdo como eles tratam alunos, com desprezo, com autoridade todo poderoso, sem sequer discutir a pergunta "QUEM ESTA CULPADO" Onde esta o direito do cliente, aluno? Onde esta a responsabilidade. Agora eles nem discutem mais comigo, simplesmente declaram com toda atitude deles "FODA SE." Isso e justo? Como poso negociar se ninguem esta interessado la em ajudar e negociar!
Preciso de ajuda. Nao pode ser que esforço academico esta sendo tratado assim. Sou desesperado no ponto de me acorrentar na escadaria da faculdade para chamar atençao. Isso e injusto. Preciso um mediador potente, um negociante com experiencia e poder, que pode mostrar pra eles que ASSIM nao se trata o aluno. Onde esta meu direito. Onde esta o dinheiro que paguei, onde esta o resultado do meu esforço. CADE. E eles so se escondem.
Paguei e matriculei um MBA que nao vou levar. Isso e 171. Isso e roubo.
Cade meu direito!
Ajudem me por favor.
Norbert Steininger
Registro academico da UNINTER RU 229985
044/8403-0175
Av.Jose Alves Nendo 1256 , Bl.40 Ap.04
MARINGA-PARANA