terça-feira, 3 de novembro de 2009

Beth Prado e Beth Almeida em Maceió

Olá internautas de plantão e visitantes deste blog!

Trago aqui neste post alguns comentários sobre a terceira mesa redonda ocorrida ontem no Seminário de Educação realizado na IV Bienal Internacional do Livro em Alagoas, onde tivemos a oportunidade de refletir sobre o uso das mídias na educação; sendo mediada pelo Prof. Luís Paulo Mercado e tendo as professoras Beth Prado e Beth Almeida como integrantes, apresentando seus artigos publicados na revista nº 79 do INEP, totalmente dedicado ao estudo da integração das mídias na educação.

A Profa. Beth Prado apresentou suas considerações a respeito da gestão das mídias nos espaços e contextos educativos, e sobre a necessidade da formação dos professores passar pela proposta da reflexão na e sobre a sua prática pedagógica. Segundo a pesquisadora, é fundamental que o uso das mídias pelos professores seja um meio para que a reflexão aconteça, visando a melhoria da educação e o uso dos Ambientes Virtuais de Aprendizagens deve ser considerado a partir da gestão deste espaço como lócus da reflexão.

Beth Almeida, que já morou em Maceió e tem um filho alagoano, como ela mesma frisou no início de sua apresentação, buscou "acalmar" aqueles que ainda tem uma visão dicotomizada da educação a distância versus educação presencial. Cada MODALIDADE tem suas especificidades, mas buscam os mesmos objetivos. O que não é viável é usar as mídias e tecnologias para repetir os erros de algumas abordagens que tem sua origem na educação presencial.

O uso das mídias, segundo a professora, deve ser planejado e efetivado quando existem elementos que não podem ser realizados e aplicados sem o uso das mídias, ou seja, não se deve usar pelo simples fato de estarem em alta na "moda" ou no marketing dos grandes grupos educacionais, mas deve ser levado em conta a partir do contexto cultural que hoje vivenciamos. A escola não pode continuar preparando os alunos para um mundo que não existe mais. Precisamos olhar em volta e descobrir as potencialidades, como no próprio exemplo utilizado pela Profa. Beth Almeida: "O que os jovens fazem com o celular? Muita coisa! O que menos fazem é realizar chamadas... E como estamos utilizando esta realidade?" Eu mesmo já tinha realizado um comentário aqui no blog sobre isso, mas em relação ao uso dos aparelhos de MP3 em sala de aula.

No final da mesa redonda, abriu-se espaço para os participantes questionarem as professoras e tive a oportunidade de perguntar a Profa. Beth Prado qual a sua visão sobre o tutor no contexto atual da EAD.

Sua resposta, também compartilhada pela Profa. Beth Almeida, frisou bem que o tutor precisar ser percebido como um profissional docente, mas que ainda se percebe sua atuação como uma sub-categoria na "hierarquia" das equipes que elabora, os cursos e as disciplinas. A própria nomenclatura não colabora com o avanço do entendimento das funções pertinentes a este profissional, tanto é que (por opção) as duas pesquisadoras e tantos outros Brasil afora já não utilizam o vocábulo "tutor" para designar este profissional. Hoje fazem a opção por FORMADOR ou MEDIADOR.

Evidentemente que a realidade política está imposta: ainda teremos o "tutor' nos cursos, principalmente no atual modelo da UAB, mas as discussões não podem parar... particularmente desejo fomentar esta discussão, se houver espaço, no I Encontro Internacional do Sistema UAB, que acontecerá de 23 a 25 deste mês, em Brasília.

Parabéns ao PPGE_UFAL pela realização do evento. Esta mesa redonda trouxe grandes contribuições para as nossas pesquisas!

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