quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Laboratórios virtuais no ensino de Química na Educação a Distância: acessibilidade, benefícios e desafios

 



É com grande satisfação que compartilhamos a publicação do capítulo Laboratórios virtuais no ensino de Química na Educação a Distância: acessibilidade, benefícios e desafios, de nossa autoria —Prof. Fernando Silvio C. Pimentel e Profa. Monique Gabriella Angelo da Silva — no livro Didáticas e Práticas de Ensino: Reflexões e Experiências Docentes no Ensino Superior, organizado pelas professoras Ana Carolina Faria Coutinho Gléria e Jeane Felix.

Neste capítulo, refletimos sobre o uso de laboratórios virtuais como recurso pedagógico no ensino de Química na modalidade EaD, analisando suas potencialidades, desafios e contribuições para a formação docente. Discutimos como os recursos digitais podem ampliar a acessibilidade e proporcionar experiências imersivas e significativas, mesmo em contextos onde há escassez de laboratórios físicos.

A pesquisa evidencia que o processo de ensino-aprendizagem pode — e deve — ultrapassar as fronteiras do espaço físico, integrando tecnologia, interatividade e experimentação virtual como caminhos para uma educação mais inclusiva e dinâmica. 

Livro: Didáticas e Práticas de Ensino: Reflexões e Experiências Docentes no Ensino Superior
Organizadoras: Ana Carolina Faria Coutinho Gléria e Jeane Felix
Capítulo: Laboratórios Virtuais no Ensino de Química na Educação a Distância: acessibilidade, benefícios e desafios
Autoria: Fernando Silvio Cavalcante Pimentel e Profa. Monique Gabriella Angelo da Silva


O livro está disponível no formato e-book (gratuitamente) no link: https://edufal.com.br/Produtos/Detalhes/514884

domingo, 26 de outubro de 2025

Escrever uma dissertação: o exercício formativo de produzir conhecimento

Escrever uma dissertação é mais do que cumprir uma exigência acadêmica. É um exercício de pensamento científico, um processo de formação intelectual e ética que conduz o pesquisador a compreender o mundo com rigor, método e sensibilidade. No percurso de uma dissertação, o estudante de mestrado aprende a se mover entre a teoria e a realidade, entre o que já se sabe e o que ainda precisa ser descoberto.

A dissertação é, por excelência, o registro de uma investigação construída com propósito. Nela, o pesquisador formula uma pergunta relevante, mobiliza referenciais teóricos, define estratégias metodológicas e analisa dados para produzir respostas fundamentadas. Cada etapa desse percurso tem sua função, mas todas se articulam em torno de um mesmo eixo: a produção de conhecimento novo, consistente e socialmente significativo.

Muitas vezes, os pesquisadores iniciantes acreditam que o referencial teórico serve apenas para “mostrar” domínio de leitura ou familiaridade com determinados autores. Essa é uma compreensão limitada. O referencial teórico não é um adorno, nem um capítulo isolado: é a lente pela qual o pesquisador enxerga o fenômeno estudado. É ele que orienta o olhar, ajuda a formular as perguntas certas, organiza a interpretação e sustenta o diálogo entre os dados empíricos e o campo conceitual da pesquisa.

Por isso, na análise dos dados, a teoria precisa estar viva. É à luz do referencial teórico que o pesquisador compreende o que os dados revelam (ou silenciam), identifica padrões, contradições e sentidos. A análise não é um exercício de descrição, mas um processo interpretativo que busca responder à pergunta da pesquisa, atestando ou confrontando hipóteses, e conduzindo à construção das conclusões. Em outras palavras, é no diálogo entre dados e teoria que o conhecimento científico se concretiza.

Uma dissertação bem escrita, portanto, não é aquela que apenas segue uma estrutura formal (introdução, referencial, metodologia, resultados e considerações finais), mas aquela que mantém coerência entre todas as partes, evidenciando um pensamento articulado. Ela mostra que o pesquisador compreende o seu tema, domina as ferramentas teóricas e metodológicas e, sobretudo, é capaz de produzir uma leitura original da realidade.

Escrever uma dissertação é, afinal, um gesto de autoria intelectual. É o momento em que o pesquisador se reconhece como parte da comunidade científica e se coloca em diálogo com outros estudiosos, contribuindo, à sua maneira, para o avanço da reflexão e da prática educacional. 



sexta-feira, 24 de outubro de 2025

I Simpósio Alagoano de Pesquisa em Ensino

 


Venha participar do primeiro grande encontro dedicado à reflexão, diálogo e fortalecimento da pesquisa em ensino em Alagoas!

📅 31 de outubro e 1º de novembro de 2025
📍 UFAL e Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso
🎓 Realização: Universidade Federal de Alagoas – CEDU/UFAL


🔹 31 de outubro | Sexta-feira

📍 Auditório do CEDU/UFAL
A partir das 10h

OFICINAS:

  1. Do Paper à Prática – Estratégias de Popularização e Impacto Social da Pesquisa

  2. Entre Letras e Algoritmos: O Poder da Escrita Criativa e Colaborativa com IA

📍 Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso
A partir das 18h

PALESTRA DE ABERTURA:
🗣️ A Pesquisa em Ensino no Brasil: Desafios e Perspectivas


🔹 1º de novembro | Sábado

📍 Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso
A partir das 9h

LANÇAMENTO DE LIVROS:

  1. Grupo de Pesquisa em Educação em Ciências e Tecnologias Afro-Latino-Americanas

  2. Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino e Formação de Professores – UFAL

MESA REDONDA:

  1. Formação de Professores e Ensino de Ciências

  2. Desafios do Ensino da Matemática na Sociedade Contemporânea

PALESTRA DE ENCERRAMENTO:
🗣️ Ser Pesquisador/a em Ensino no Cenário Atual: A Visão dos/as Egressos/as da Renoen/UFAL


📢 Participe e contribua para o fortalecimento da pesquisa em ensino em Alagoas!
💬 O evento é aberto à comunidade acadêmica, pesquisadores/as e interessados/as em educação e inovação.

O I Simpósio Alagoano de Pesquisa e Ensino (I SIMAPE) é uma iniciativa do Programa de Doutorado em Ensino da Rede Nordeste de Ensino (Renoen/Ufal), idealizada para fortalecer a reflexão e o diálogo entre pesquisa, prática docente e formação de professores nas diversas áreas do conhecimento, se realizará no município de Maceió - AL, com atividades distribuídas entre o Auditório do Cedu/Ufal e o Centro de Convenções.

Inscrições e outras informações em: https://doity.com.br/i-encontro-alagoano-de-pesquisa-em-ensino-de-cincias-e-matemtica-currculo-cultura-e-prticas-transfor


terça-feira, 21 de outubro de 2025

A concepção de presencialidade no novo marco regulatório da EaD

 


Na próxima semana estarei participando do 6º Congresso Nordestino de Educação a Distância, onde apresentarei a palestra virtual “A concepção de presencialidade no novo marco regulatório da EaD”.

Nesta fala, proponho uma reflexão sobre o sentido contemporâneo de presença na Educação a Distância. Discutirei como o novo marco regulatório (2024–2025) amplia o conceito de presencialidade, superando a ideia de que estar presente é apenas ocupar o mesmo espaço físico.

Inspirado por autores como Heidegger, Merleau-Ponty e Levinas, abordarei a presença como ato de relação, diálogo e sentido — uma vivência pedagógica que pode ocorrer tanto em ambientes físicos quanto digitais. A palestra também trará perspectivas sobre:
  • a reconfiguração das proporções entre presencial e EaD nos cursos;
  • o papel da mediação docente e da tutoria ativa;
  • os desafios regulatórios e tecnológicos da EaD contemporânea;
  • e a importância de pensar a presença digital, cognitiva e afetiva como dimensões complementares da aprendizagem.
Convido todos os colegas, pesquisadores e profissionais da educação a participar deste importante momento de debate sobre os caminhos e as transformações da Educação a Distância no Brasil.

📅 Data: 30/10 - 8h30 às 10h
📍 Evento: 6º Congresso Nordestino de Educação a Distância
💬 Tema: A concepção de presencialidade no novo marco regulatório da EaD


“Na educação, a presença não é medida pelo corpo que ocupa o espaço, mas pela consciência que habita o encontro.”

Nos vemos lá!

Mais informações em: https://cnead2025.ifs.edu.br/#inicio

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Lançamento de e-book na 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas

A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas está chegando, e com ela vem um momento muito especial para todos que acreditam no poder da educação e da pesquisa colaborativa!

No dia 8 de novembro, às 16h, no estande da Edufal, acontece o lançamento do e-book “Recursos Digitais Educacionais no contexto dos cursos da Universidade Aberta do Brasil”.

Organizado pelos pesquisadores Fernando S. C. Pimentel e Monique G. A. da Silva, o livro reúne uma coletânea de pesquisas desenvolvidas em diversas universidades brasileiras, trazendo reflexões, experiências e propostas inovadoras sobre o uso de tecnologias e recursos digitais no ensino superior.

O e-book está disponível gratuitamente (https://www.edufal.com.br/Produtos/Detalhes/514877), reforçando o compromisso dos autores e organizadores com a democratização do conhecimento e com a formação docente de qualidade.

A iniciativa é uma realização da @Cied_ufal, com apoio dos grupos de pesquisa @comunidadesvirtuaisufal e @quiciencia, que estarão presentes para receber o público e compartilhar essa conquista.

✨ Você é nosso convidado especial!
Venha conhecer a obra, conversar com os pesquisadores e participar desse momento de celebração do conhecimento e da educação digital.

📅 Data: 8 de novembro
🕓 Horário: 16h
📍 Local: Estande da Edufal, na Bienal Internacional do Livro de Alagoas

Esperamos por você! 💙

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Momento transformador para a educação brasileira

Compartilho aqui o registro que, nos dias 15 a 17 de outubro de 2025, estive presente no campus da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) participando da 2ª Expo RIEH, evento promovido pela Rede de Inovação para a Educação Híbrida (RIEH) e 1º Encontro de Rede de Ensino Médio do Ministério da Educação (MEC).

A iniciativa integra a política nacional de recuperação das aprendizagens e busca impulsionar a combinação de atividades presenciais com estratégias digitais e inovadoras em âmbito nacional. Durante a abertura oficial do evento, tive a honra de representar o reitor da Ufal na mesa de abertura, contribuindo para as reflexões iniciais sobre os rumos da educação híbrida no país.

Na mesa de abertura, foram discutidos temas centrais para garantir o direito à educação a jovens do ensino médio, bem como os desafios e oportunidades da implementação da modalidade híbrida. A discussão enfatizou que a educação híbrida não compete com o trabalho dos professores, mas amplia o seu alcance, promovendo novos formatos pedagógicos e possibilidades de aprendizagem.



Entre os pontos destacados: 
  • A necessidade de políticas de formação continuada para que docentes possam mediar com segurança ambientes presenciais e virtuais; 
  • O entendimento de que a modalidade híbrida precisa ser planejada com coerência, para oferecer aos estudantes não apenas acesso à sala de aula física, mas também à pluralidade de caminhos que o digital permite; 
  • A relevância da RIEH como estratégia institucional consolidada nos decretos e portarias federais (Decreto n.º 11.079/2022, renovado pelo Decreto n.º 12.391/2025 e Portaria n.º 865/2022), que oferece suporte técnico, estrutural e tecnológico aos sistemas de ensino que aderem à iniciativa. 
Este momento reafirma a importância de estarmos engajados diretamente nas discussões e formulações de políticas públicas que efetivamente impactam a educação brasileira — especialmente em contextos tão transformadores como o híbrido. Estar à mesa mais uma vez representando a Ufal, foi uma responsabilidade que abracei com compromisso, pois acredito que, juntos, podemos alicerçar práticas educacionais mais inclusivas, flexíveis e de qualidade para o futuro do país.

Hoje e amanhã serão realizadas oficinas e debates temáticos que devem aprofundar ainda mais os conceitos e estratégias para implementação local.


domingo, 12 de outubro de 2025

Como a inteligência artificial deve transformar a educação no Brasil?

A inteligência artificial já está presente em quase todos os aspectos da nossa vida — mas como ela deve atuar dentro das escolas e universidades? Estamos preparados para lidar com suas possibilidades e desafios na sala de aula?

A IA pode revolucionar o campo educacional em múltiplas dimensões: do planejamento e gestão das aulas à personalização dos percursos de aprendizagem de cada estudante. No entanto, para que seus benefícios sejam amplamente acessíveis e aplicados de forma ética, segura e transparente, é essencial que o Brasil decida, de maneira coletiva, como incorporar a IA na educação.

Nesse contexto, a consulta pública sobre o “Referencial para o Desenvolvimento e Uso Responsáveis de IA na Educação” surge como uma oportunidade valiosa. É o momento de professores, estudantes, famílias, gestores, desenvolvedores e toda a sociedade contribuírem para a construção de diretrizes que orientem o uso consciente e responsável das tecnologias digitais no ensino.

A participação social é fundamental para estabelecer regras claras, reduzir desigualdades e garantir que a IA se torne uma verdadeira aliada nos processos de ensino e aprendizagem.

Educação de qualidade se constrói com escuta, evidências e colaboração.

👉 Participe da consulta pública! A hora de contribuir é agora. Clique no link abaixo, e participe:

https://brasilparticipativo.presidencia.gov.br/processes/referencialianaeducacao

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Bastidores de um encontro inspirador: gravação do podcast SouTec e Observatório Nacional da Educação Profissional e Técnica

Os dias 1 e 2 deste mês de outubro foram intensos. Foram dois dias de muita atividade, de muito aprendizado, troca de ideias e produção de um material que promete impactar gestores, professores e, especialmente, adolescentes e jovens que estão em busca de seu caminho profissional. A equipe do SouTec, em parceria com o Observatório Nacional da Educação Profissional e Técnica, viveu uma experiência enriquecedora durante a gravação de um novo episódio do podcast, com a participação especial do prof. Dr. Rodolfo Sena e do prof. Dr. Garabed Kenchian.

Entre microfones, câmeras, anotações e boas conversas, o clima foi de curiosidade e entusiasmo. As falas dos professores convidados trouxeram reflexões profundas sobre o papel da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) na formação de cidadãos críticos, criativos e preparados para os desafios do mundo do trabalho.

Ao longo das gravações, discutimos temas que vão desde a importância da orientação vocacional e do autoconhecimento até as transformações nas formas de ensinar e aprender na era digital. A experiência reforçou o compromisso de ambos os projetos — SouTec e Observatório — com a divulgação de conhecimentos e práticas que aproximam os jovens das oportunidades reais de formação e carreira.


O resultado desses dois dias é mais do que um podcast: é um registro vivo de ideias, experiências e inspirações. Um material pensado para orientar quem está no início de sua jornada profissional, ajudando estudantes a identificar cursos e áreas que dialoguem com seus interesses, talentos e sonhos. 

Em breve, os episódios estarão disponíveis. Fique atento — essa conversa está imperdível!

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Reflexões sobre a Universidade Aberta do Brasil: passado, presente e futuro

Nesta última quinta-feira (02/10), tive a oportunidade de participar de uma aula com os mestrandos e doutorandos da UNINTER, sob a condução sempre inspiradora da Profa. Glaucia Brito.


Durante o encontro, compartilhei algumas reflexões acerca do passado, presente e futuro da Universidade Aberta do Brasil (UAB), analisando não apenas o percurso histórico e o contexto legislativo que sustentam essa importante política pública, mas também as perspectivas que se abrem com a chegada do novo marco legal da Educação a Distância (EaD).

A Universidade Aberta do Brasil (UAB), desde sua criação, consolidou-se como uma das principais políticas públicas para democratizar o acesso ao ensino superior, especialmente em regiões interioranas e em municípios com baixa oferta educacional. Com o advento do novo marco legal da Educação a Distância, entretanto, a UAB enfrenta o desafio de reafirmar sua relevância diante de um cenário em que a EaD é cada vez mais ofertada por instituições privadas, muitas vezes em larga escala. Esse novo contexto exige da UAB estratégias para fortalecer seu papel social e diferenciar-se pela qualidade, equidade e pelo compromisso com a inclusão educacional.

Outro desafio central está relacionado à infraestrutura e à inovação pedagógica. O novo marco legal da EaD demanda modelos de ensino que articulem presencialidade, recursos digitais interativos e metodologias ativas de aprendizagem. Para a UAB, que atua em parceria com universidades públicas e polos municipais, isso significa investir em tecnologia, formação continuada de tutores e docentes, além de aprimorar as formas de acompanhamento e avaliação dos estudantes. A sustentabilidade financeira e administrativa do sistema também se coloca como um ponto de atenção, já que a expansão exige recursos estáveis e gestão eficiente.

Mas não podemos deixar de lado o desafio de alinhar-se às novas expectativas sociais e do mundo do trabalho. A UAB precisa não apenas expandir vagas, mas garantir cursos atualizados, conectados às demandas contemporâneas por competências digitais, pensamento crítico e formação cidadã. O novo marco legal oferece oportunidades de modernização, mas também amplia a concorrência e impõe critérios mais rigorosos de qualidade. Assim, o futuro da UAB dependerá da sua capacidade de inovar, sem perder sua essência de política pública comprometida com a democratização do ensino superior no Brasil.

Foi uma experiência riquíssima, marcada pela troca de ideias, pelo diálogo qualificado e pelo aprofundamento teórico proporcionado pelos estudantes e pela mediação da professora. Momentos como este reforçam a importância da reflexão coletiva e crítica sobre os rumos da EaD no Brasil, especialmente em um cenário de constantes transformações tecnológicas e normativas.

Agradeço imensamente pela oportunidade de diálogo e aprendizado. Que possamos seguir fortalecendo os espaços de discussão e pesquisa que sustentam a inovação e a qualidade da educação em nosso país.


quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Reflexões da festa da paróquia universitária


Estamos no terceiro dia da nossa novena em honra a Santa Teresinha na Paróquia Universitária que tem essa santinha doutora da Igreja como padroeira. Confesso que as duas primeiras noites me deixaram marcado por um sopro de inspiração. Ao escutar as pregações, a oração da comunidade e a simplicidade com que a nossa pequena doutora da Igreja se deixa revelar, comecei a refletir sobre as dimensões mais profundas de nossa paróquia universitária.

Afinal, não estamos reunidos apenas para rezar durante nove dias; a novena é como um espelho no qual reconhecemos quem somos e o que estamos chamados a viver. E olhando para nossa paróquia, vejo três dimensões que brotam naturalmente, como três pétalas de uma mesma rosa oferecida a Cristo.

Primeira dimensão: Igreja em saída.
As palavras ouvidas nas duas primeiras noites me fizeram recordar que ser paróquia universitária é não se contentar com muros e horários fixos. É, antes de tudo, ir ao encontro do mundo acadêmico, com suas perguntas inquietas e suas descobertas grandiosas. Santa Teresinha, mesmo sem sair do Carmelo, foi missionária no coração. Assim também nós: caminhamos pelos corredores da universidade, dialogamos com a ciência e testemunhamos que a fé não é limite, mas horizonte.

Segunda dimensão: o olhar samaritano.
Nossa oração e reflexão na novena nos conduziu ao Evangelho da compaixão. E não pude deixar de pensar na Vila Redenção, no bairro do Farol, onde nossa paróquia está inserida. Ser paróquia aqui não é apenas iluminar o campus, mas também estender a mão aos vizinhos que lutam pela vida. É viver como o Bom Samaritano: parar diante das dores, enxergar as feridas, partilhar o pouco que temos. Na prática, é fazer com que a teologia se transforme em pão, em escuta, em presença.

Terceira dimensão: o templo de oração.
Mas as duas dimensões anteriores nos convocam ao essencial: a oração. Tudo o que fazemos — missão universitária e serviço ao irmão — perde força se não estiver enraizado no coração de Deus. Nossa paróquia é, antes de tudo, um espaço de encontro. Aqui, estudantes, professores, trabalhadores e famílias podem entrar, silenciar e descobrir o colo do Pai. Como dizia Santa Teresinha, “a oração é um impulso do coração, um simples olhar para o Céu”.

Assim, a novena vai nos lembrando que somos chamados a viver em três olhares: a missão que sai, a compaixão que acolhe e a oração que sustenta. E como professor sinto que esta tríplice dimensão é também um programa de vida: fazer da universidade, da comunidade e do templo um único espaço onde Cristo se revele. 

Missão, serviço e oração.

Acompanhe a programação da novena/festa pelo perfil da paróquia no Instagram:

@paroquiauniversitaria

E participe conosco!