A sociedade pós-contemporânea apresenta-se com uma variedade de incógnitas, descrevendo novos paradigmas relacionais ao mesmo tempo em que, em alguns segmentos comunitários, observa-se um “forte apego” a elementos tradicionais. Estas incertezas conduzem a perspectivas de pesquisas empíricas que possam promover a compreensão daquilo que realmente é oportuno e que agrega valor à sociedade.
Nesta nova forma de ser, é possível se deparar com um novo perfil de ser humano, inclusive com uma nova postura frente à cultura, fortemente delineada pelas relações das crianças com o mundo. E no intuito de se esboçar um perfil de como as crianças da atualidade agem, em contraposição às crianças de 20 ou 30 anos atrás, é oportuno observar a análise do contexto social que é apresentado por Castells em seu livro “A Sociedade em Rede”, inclusive quando – ao descrever as mudanças paradigmáticas dos últimos anos – alerta para o fato de que “devemos levar a tecnologia a sério” (2007. p. 42). Mas ele mesmo advoga que não é a tecnologia que determina a sociedade, mas que “a sociedade não pode ser entendida ou representada sem suas ferramentas tecnológicas” (p.43). Ou seja, as crianças de hoje já nascem imersas num emaranhado de tecnologias que fazem parte de suas vidas, e que não fazia parte da vida das crianças de 20/30 anos atrás.
Na busca de compreender estas mudanças, no início dos anos 2000, Marc Prensky (2001) apresentou uma nomenclatura para estas crianças nascidas na década de 90: nativos digitais.
Para o autor um nativo digital é aquele que é capaz de realizar múltiplas atividades simultaneamente, acessando a uma gama de novas tecnologias e demonstrando peculiar confiança e destreza ao utilizar as TIC. Os nativos costumam recorrer a Internet como ponto de partida para a obtenção de informações, sejam elas educacionais, de lazer ou laborais.
Entre as principais tecnologias utilizadas pelos nativos, os videogames, Internet, telefone celular, MP3, iPod, e mais recentemente laptops, caracterizam esta geração como dispensadores do uso de papel nas tarefas cotidianas, em substituição ao papel e lápis.
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