O USO DOS MAPAS CONCEITUAIS NO ENSINO DA MATEMÁTICA
Não é de hoje que, no mundo pedagógico (em especial nas discussões sobre metodologias e didática), há um grande debate sobre o ensino da matemática, mitificado como a disciplina mais “complicada”.
Na busca de tornar mais prazerosa a aula de matemática, muitos recursos foram adicionados - tais como jogos matemáticos e objetos pedagógicos - na tentativa de visualização daquilo que é abstrato, ou que está no campo da lógica.
Neste sentido de facilitar o aprendizado do aluno, também é apontada como uma “ferramenta” o uso de Mapas Conceituais no ensino-aprendizagem da matemática, visto que “esse instrumento acrescenta mais uma possibilidade de levar o aluno em formação a refletir, interpretar o que lê” (Profª. Aparecida Viana).
Segundo as contribuições de Novak (2003, p. 31) o mapa conceitual é uma ferramenta para organizar e representar conhecimento. E segundo Ausubel (2000. P.19), um mapa conceitual “é uma representação gráfica em duas dimensões de um conjunto de conceitos construídos de tal forma que as relações entre eles sejam evidentes”.
O uso de mapas conceituais pode auxiliar os professores manterem-se mais atentas aos conceitos chaves e as relações entre eles. Os mapas podem auxiliá-lo a transferir uma imagem geral e clara dos tópicos e suas relações para seus estudantes, inclusive para alunos de matemática.
Com o uso dos mapas conceituais torna-se mais fácil para o estudante não perder ou não entender qualquer conceito importante, pois o uso dos mapas conceituais reforça a compreensão e aprendizagem por parte dos alunos. Evidentemente que um mapa conceitual não é o suficiente para o aprendizado. Uma leitura do material que referenciou a elaboração do mapa e a própria explicação do professor é imprescindível.
Outra possibilidade do uso dos mapas conceituais pode ser no processo de avaliação, pois o professor pode solicitar que o aluno elabore o seu mapa conceitual sobre o assunto abordado. O que requer muita atenção por parte do professor (e habilidade para acompanhar a elaboração, incluindo aqui uma explicação sobre o uso de um software construtor de Mapas Conceituais, exemplo: CMAP TOOLS) e por parte do aluno, que deverá saber ler e interpretar, resumindo os conceitos chaves e suas ligações, permitindo que se visualize a sua aprendizagem, se alcançou os objetivos, se compreendeu os conceitos e suas interligações, etc.
Mas uma coisa é mais do que necessária, antes da utilização dos mapas conceituais: o professor precisa de uma formação sólida. Formação técnica: que o habilite a ler, interpretar textos e transformá-lo em mapas conceituais e uma formação teórica, pois os mapas conceituais são claramente baseados nas postulações de Piaget sobre a construção e representação do conhecimento.