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A reflexão sobre a Proposta Pedagógica para uso do Movie Maker teremos em breve!
Dando continuidade a reflexão iniciada no dia 14 de maio deste ano, queremos nos deter hoje em dois pontos que nos parecem (a princípio) importantes para a compreensão das ferramentas de criação de vídeos “caseiros” para internet: 1) A Formação dos Educadores, 2) A Educação a Distância.
1) Na reflexão sobre o papel dos educadores, queremos trazer aqui a postulação de Sónia Catarina Silva Cruz e Ana Amélia Amorim Carvalho, da Universidade do Minho (Braga-Portugal)...
“As inovações tecnológicas devem provocar mudanças no quotidiano escolar. Torna-se vital que em sala de aula se use e se aprenda a utilizar as novas tecnologias quer utilitários, software específico ou a utilização consciente da World Wide Web.
Tal, implica uma redefinição do papel do professor, do estilo de ensino, das concepções de aprendizagem e um novo papel dos intervenientes no processo de ensino aprendizagem (...)” (2007, p. 241)
Evidencia-se, no texto acima, que a formação dos professores para a utilização das novas tecnologias (especificamente aquelas a que nos referimos
Um dos elementos colocado por CRUZ e CARVALHO que nos chama atenção é o fato das propostas inadequadas e desprovidas simplesmente “jogadas” nas salas de aula, nos laboratórios de informática. O professor precisa estar habilitado e capacitado para poder oferecer aos seus alunos uma nova perspectiva, um novo olhar para estas ferramentas.
2) A Educação a Distância. Quer queiramos ou não, o Brasil está vivenciando – do Oiapoque ao Chuí - uma revolução de questionamentos sobre a modalidade de ensino a distância. Há quem defenda piamente a modalidade. Há quem só conheça os pontos negativos. Mas uma coisa é fato: não conseguiremos voltar atrás. A EAD desponta no Brasil como uma possibilidade de democratização do ensino, encurtando as distâncias e favorecendo um aprendizado que foge da temporalidade fixa.
Evidentemente que não podemos deixar de frisar: estamos adentrando numa nova aurora. Há muito que se desmitificar. Há a necessidade de destruir muitos paradigmas e preconceitos. E hoje contamos com uma verdadeira parafernália tecnológica no intuito de que a EAD possibilite aquilo a que se propõe.
Como estamos refletindo sobre uma das ferramentas (os vídeos), podemos verificar que os vídeos disponibilizados na WWW, e produzidos pelos alunos ou pelos educadores, nos mostram o quanto a EAD está adentrando no processo ensino-aprendizado.
Para analisar se os vídeos, tomamos como conceito o que define José Manoel Moran, a “Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente”.
Mas então podemos nos questionar: mas se o professor está com os alunos no processo de produção destes vídeos, ainda assim estamos vivenciando o processo de EAD?
Bem, parece-nos que os momentos de produção podem sim ser realizados com a presença dos educadores, apesar da realidade evidenciar que os alunos dão um “toque final” além do espaço escolar.
O que mais nos chama atenção, entretanto, é que estes vídeos, como elementos (ou ferramentas) assincrônicas, possibilitam que os alunos possam ver e rever uma determinada disciplina, ou revisem, a seu tempo, algo que lhes seja necessário num determinado momento de seus estudos. E esta utilização destes vídeos mostra uma aplicação da modalidade de ensino a distância, segundo a teoria da Autonomia e Independência de Charles Wendemeyer.
Muitas são as possibilidades e as variações, mas “o caminho se faz ao caminhar”. Não temos respostas prontas!
Se você tem outras sugestões para a continuação desta reflexão, envie-nos!
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