Caríssimos blogueiros, internautas de plantão e visitantes ocasionais: não deixemos que os
erros de alguns apaguem os
benefícios de muitos. Que os erros nos sirvam para nosso aprendizado. Que sirvamos a Deus sem temor, lembrando que - enquanto estamos neste mundo - todos nós podemos cometer erros, mas que também devemos lutar para sermos testemunhas de Jesus.
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E tenhamos cuidado com as "campanhas" que se manifestam pela mídia...
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Caro Internauta, recebi e repasso com prazer:
Elizabeth Lev é uma historiadora americana que atualmente trabalha em Roma e que rechaça a campanha da mídia atual contra sacerdotes e religiosos.
Ela a compara àquela do final do século XVIII na França quando os escândalos se magnificavam para fazer as pessoas acreditarem que isto era endêmico no clero, o que levaria anos mais tarde ao assassinato de muitos presbíteros. A partir da perspectiva de um analista protestante inglês dessa época, a perita explica que a intenção dos ataques é destruir a força moral da Igreja Católica.
Em um artigo titulado “Em defesa do clero católico (ou queremos outro reino do terror?)” publicado no site Web Politics Daily, Lev se refere ao clima triunfalista em 1790 na França com a revolução e à postura de Edmund Burke, um protestante membro do Estado inglês, que nesse ano criticava a campanha anticlerical dos franceses que desenterravam escândalos de décadas e inclusive, séculos antes.
“Vendo o estilo geral das últimas publicações, as pessoas poderiam pensar que o clero da França são uma espécie de monstros, uma horrível composição de superstição, ignorância, preguiça, fraude, avareza e tirania. Mas, é certo isto?”, questionava- se Burke.
Depois de perguntar-se sobre o que Burke teria opinado ante as tentativas da mídia atual de vincular, a qualquer preço, o Papa com qualquer escândalo de pedofilia, Lev assinala que o protestante inglês comentava naquele tempo que “não escuto com muita credibilidade a quem fala do mal daqueles a quem vão saquear. Suspeito, ao invés, que os vícios aos que se referem são fingidos ou exagerados quando se busca apenas proveito no castigo que planejam“.
Quando Burke escrevia isto, diz Lev, “os revolucionários franceses estavam preparando-se para a confisco massivo das propriedades da Igreja.
Atualmente, escreve a historiadora, “os luxuriosos informes sobre os abusos sexuais do clero (como se estivessem limitados somente ao clero católico) foram colocados por cima dos massacres de cristãos na Índia e Iraque. Além disso, a frase ‘abuso sexual do clero’ se equipara erroneamente com ‘pedofilia’ para avivar ainda mais a indignação. Não consideram a perspicácia política de um Edmund Burke que se pergunta por que a Igreja Católica é escolhida para ser tratada assim”.
Logo depois de reconhecer que efetivamente é muito grave o mal produzido por uma pequeníssima minoria de sacerdotes católicos contra menores, Lev recorda que são muitíssimos mais os que “vivem santamente em suas paróquias, atendendo os seus paroquianos. Estes bons homens foram manchados pela mesma tinta venenosa” de muitos meios.
Seguidamente assinala que nos Estados Unidos os abusos sexuais de clérigos não chegam ao 2 por cento e que este dado foi apresentado pelo New York Times. Mas ao “ler os jornais, pareceria que o clero católico tem um monopólio em acusações a menores”.
“Se Burke estivesse vivo hoje em dia, talvez teria discernido outro motivo atrás dos ataques ao clero católico, além das propriedades da Igreja: principalmente destruir a credibilidade de uma voz moral capitalista no debate público” que se fez evidente, por exemplo, na reforma de saúde nos Estados Unidos.
Ante a posição pró- vida dos prelados, precisa Lev, “e para silenciar a voz moral da Igreja, a opção preferida foi a de desacreditar a seus ministros”.
“A três anos das reflexões do Burke, suas predições provaram ser corretas. O Regime do Terror chegou em 1793, levando centenas de sacerdotes à guilhotina e forçando o resto a jurar lealdade ao Estado por cima da Igreja. Para Burke estava claro que a campanha anticlerical de 1790 era ‘apenas temporal e preparatória para a abolição última… da religião cristã ao levar a seus ministros ao desprezo universal’”, prossegue a historiadora.
“Espera-se que a população tenha o suficiente sentido comum para mudar de curso muito antes que cheguemos a este ponto”, conclui.
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