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Ninguém desconhece a tremenda evolução do conhecimento humano através dos tempos. Todavia é indiscutível que dentro as várias formas de conhecimentos – arte, música, poesia, política, teologia, etc – nenhuma teve maior influência sobre a história da humanidade do que o conhecimento científico. Não obstante este prestígio, o conhecimento científico da forma que o conhecemos hoje é uma aquisição relativamente recente. A maravilhosa jornada científica teve início no século XVI, na Inglaterra, com Francis Bacon que, primeiramente, propôs uma maneira de desenvolvê-lo, estipulando para isso – o método indutivo experimental. Posteriormente, várias outras proposições sobre o assunto foram surgindo, e hoje, dentro do campo científico, aceita-se com variações, como o principal veio do qual se origina ou desenvolve o conhecimento – o método hipotético dedutivo. Para aqueles interessados em se aprofundar neste assunto, sugiro algumas fontes de consultas nas referências bibliográficas.
Podemos afirmar que a diferença fundamental entre o conhecimento científico e as demais formas de conhecimento, é que o primeiro além de ser fruto de observações rigorosas, planejadas e sistemáticas, procura sempre realizar conexões entre as coisas, estabelecendo generalizações capazes de explicar de maneira cada vez mais completa os fenômenos da natureza. Mas o que, especialmente, fez com que o conhecimento científico alcançasse o status que tem, é que ele é, essencialmente, crítico e exige uma constante e ininterrupta comprovação experimental das suas afirmações. Isto o torna, antes de tudo, um conhecimento em permanente construção. Este é principal corte epistemológico que o faz quase único e, ainda hoje, cada vez mais imitado por todas as atividades humanas que procuram angariar prestígio social e cultural.
Em síntese, poderíamos afirmar que foi o aparecimento do método científico que originou esta nova e revolucionária forma de desenvolver o conhecimento, possibilitando como conseqüência imediata, não apenas a explicação dos fenômenos da natureza, como também colocando-se a serviço da transformação da humanidade. Ou seja, um conhecimento que não apenas aborda a natureza como também tenta instrumentalizá-la.
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