Postagem no Facebook pelo Prof. Dr. Walmir Pedrosa (Ufal)
Ainda sobre inovação no ensino
Consta que a foto abaixo foi tirada em 1926, durante uma aula de matemática. Faz 90 anos e o mundo é outro. Meu colega de trabalho, o professor Marllus Gustavo, sem descuidar da sala de aula, gravou uma série de vídeos explicando os fenômenos físicos da hidráulica, fazendo exercícios numéricos aplicados. Resultado: os vídeos tem mais de 15 mil acessos. Ninguém assisti vídeo de hidráulica por coincidência. Lá, só vai quem tem negócio. Os alunos adoram esta nova forma de acesso ao conteúdo. Os recursos que o professor usou foram os mais simples e baratos do mundo. Usou seu próprio computador e sua sala de estudo em sua casa. O resultado foi excelente. Por que não incentivar que outros professores façam o mesmo?
O professor
Rodrigo De Barros Paes, do Instituto de Computação, criou um sistema com um banco de quase mil questões. O aluno acessa o sistema, as questões são escolhidas aleatoriamente, o algoritmo feito pelo aluno para cada questão é "uploaded", o sistema processa o algoritmo, e compara com a resposta. Tudo em uma caprichosa e elegante interface. Desapareceu o "tormento" de corrigir mil provas.
Na construção civil, há vídeos excelentes que lhe ensinam assentar piso, fazer instalações hidráulica, entre outros. Há vídeos incríveis com excelentes recursos gráficos explicando o fenômeno da cavitação, em estações elevatórias. O golpe de aríete não é mais mistério, basta ficar atento às excelentes aulas disponíveis.
Qual o papel do professor neste novo ambiente? Cumprir e ter uma ementa de curso moderna, unir os conteúdos diversos, mostrar que os temas de outras disciplinas têm conexões com a sua, oferecer uma linha coesa de pensamento, indicar o que é central e o que é acessório, explicar onde cada tema se aplica, narrar sua história e desafios profissionais para motivar a turma, indicar onde há boas fontes de informação, apresentar os desafios do porvir, estimular vocações, ampliar o horizonte de pensamento, manter a chama da paixão pelo estudo acesa, entre outras.
Se é assim, por que apostar no modelo da sala de aula de 1926?